L ´acqua fà
male, e il vino Il fà cantare.
Assim inicia
uma conhecida música do folclore italiano trazido no final do século XIX e
início do século XX, a água faz mal, o vinho faz cantar. O culto ao vinho não é
recente, data dos primórdios das civilizações organizadas em comunidades
sedentárias e desde aquela época ele é conhecido como remédio (principalmente
para o espírito)
O Brasil não é
um grande consumidor de vinho, principalmente por questões climáticas, pois o
vinho é uma bebida que pelo seu volume alcoólico e suas características
organolépticas traz sensação de calor, muito bem vinda em regiões frias. Essas
condições climáticas são encontradas no sul do Brasil, em um clima subtropical
úmido (e frio), nada parecido com o inverno europeu, porém com suas
peculiaridades e grande produção vinícola, herança da imigração italiana aos
estados do sul.
Na bagagem da
imigração, ramos de uva, receitas de vinho, lembranças de uma terra que
provavelmente jamais voltariam a rever, e o mais forte traço deste povo, a
música. “Faciamo diversi cantici, Faciamo
diversi bríndisi. La voglio risonar, La voglio risonar.” Façamos diversos
cantos, façamos diversos brindes. Eu quero entoar eu quero entoar. Outra música
“Bevè bevè compare seno ve mazzerò.” É quase um dueto,
entre um compadre e outro, tratando sobre a briga do vinho: ou você bebe ou
começa a briga. O outro, logo aceita, “para não brigar o bebo todo” e esses são
apenas alguns exemplos da simbiose “origem italiana – vinho – música”, onde não
há plenitude se uma parte faltar.
Vale lembrar que esses artigos que escrevo, que falam de
bebida não são de maneira alguma um incentivo ao alcoolismo, se tratam de
assuntos relativos a produção de uva e vinho, ao seu consumo moderado e
principalmente para a divulgação da cultura e troca de experiências. Não sou
expert em uva e vinho, mesmo por que existem duas faculdades, uma só para
aprender a fazer o vinho e outra para degustá-lo, e não as possuo, mas o
interesse no assunto, a leitura de artigos e livros sobre vinho e uva dão
alguma noção dessa nobre bebida.
Para quem imaginava um artigo falando do consumo do vinho, tendo ao lado um copo de água, ou mesmo falando da transformação de água em vinho descrita na Bíblia, não foi bem isso que encontrou. Deixemos esses assuntos para uma próxima. Lembrem-se, bebam com moderação, apreciando o
espírito existente em cada garrafa de vinho.Até breve.
interessantíssimo e realmente, além do esperado
ResponderExcluirabraço